mardi 16 octobre 2007

Conselhos de Pai Mei para as solteiras

Atendendo a pedidos, Canalhona Cascavel mandou uma mensagem telepática para Pai Mei, e após recuperar-se da dor que o recebimento da resposta lhe causou, vem transmitir os conselhos do mestre para as encalhadas:

1) Qualquer lugar é lugar para arrumar um bofe, logo arrume-se e não ande por aí feito uma mulambenta, nem mesmo para comprar pão na padaria. Batom e salto alto inclusive quando estiver fazendo faxina.

2) Caiu na rede é peixe, primeiro você agarra, depois conversa. Prá que perder tempo conversando com um cara para depois ver que o beijo não encaixa? Vai logo beijando e, se valer a pena, vc puxa assunto. Caso contrário, a fila anda.

3) Não se preocupe se o seu papo não é bom, se vc não é intelectual o suficiente ou se não está totalmente por dentro da política internacional. Homem quer é mulher gostosa. Preocupe-se em estar depilada, com as unhas feitas, sombrancelhas desenhadas e cheirosa.

4) Faça o que quiser, quando quiser, como quiser e com quem quiser. Há de ser tudo da lei.

mardi 9 octobre 2007

Pai Mei e o casamento

Como não poderia deixar de ser, este primeiro texto será dedicado ao mais recente evento da vida de uma das discípulas de Pai Mei, que tem a honra de abrir este blog: Canalhona Cascavel, aquela que faz Beatrix Kiddo (pobre Black Mamba) e Elle Driver (a zarolha California Mountain Snake) parecerem professoras de maternal e o Deadly Viper Assassination Squad parecer um grupo de animadores de festas infantis.

Comecemos pelo marido. Insuportável de primeira linha, com um monte de mulheres mandando e-mails e recadinhos atrevidos e dentre elas uma golpista a quem falta a mais básica sabedoria, o tipo é o que seria definido vulgarmente como um cara que se acha. Portando títulos acadêmicos, uma careca lustrosa e duas bicicletas, o galante mancebo faz o pedido romanticamente no dia dos namorados em uma república no "centro de um planalto vazio, como se fosse em qualquer lugar".

Pronto, está colocada a aliança na mão direita (ai ai ai), e começam os infindáveis preparativos. Canalhona Cascavel, que não pode revelar sua identidade secreta, se camufla sob a identidade de uma pessoa quase normal, com um passado e uma família quase normais. Conforme os padrões das famílias quase normais, o pedido oficial tem que ser feito na frente do pai da noiva, com toda a pompa e circunstância, bem como champanhe, amigos, foto, discurso etc etc... Para o deleite da aspirante-a-noiva-com-aprovação-paterna o galante mancebo prepara um discurso, tira ele do bolso, treme e gagueja na hora do pedido oficial.

Como não casar com ele? Bom, em se tratando da nossa protagonista e heroína Canalhona Cascavel isso não configura exatamente algo novo para ela. Já tendo passado por essa situação "uns par de vezes" ela sabia exatamente como bancar a noiva em fuga. Mas, tal como no filme, com o terceiro ela resolve se casar. E antes de se casar no dia cabalístico, místico e numerologicamente perfeito: resultante 9 ela viaja até a China, para ouvir mestre Pai Mei.

Após dar-lhe alguns carinhosos socos no estômago, Pai Mei finalmente se pronuncia: "Ô retardada, num tá venu o tanto de muié doida prá arrumá homi? E o tanto de homi doido prá arrumá homi? Num tá venu como ocê tá ficanu acabadinha não, ô santa? Ce num tem mais 20 aninho não, ô baranga. Casa logo com o bofe e sossega esse facho."

E assim falou Pai Mei.